Decisões firmes e contrárias a medidas impopulares do atual presidente Michel Termer, fizeram o deputado federal Weverton Rocha cair nas graças de uma grande fatia do eleitorado maranhenses. Possível candidato a uma vaga no senado em 2018, Weverton intensificou os trabalhos de pré-campanha e tem visitado municípios do interior do estado com mais frequência que qualquer outro deputado. No Vale do Pindaré, os moradores o viam raramente e, nos últimos 3 meses, tropeçam nele pelas ruas.
Olhos grandes e entreabertos, sorriso largo e braços dispostos a abraçar a todos, Weverton ganha a confiança da população. Até que aparecem os opositores e escavam reportagem de 2011 da revista Veja e atiram um balde de gelo na pré-campanha do pedetista. De acordo com reportagem publicada pela Veja (que blogues e portais que fazem oposição estão requentando), Weverton não é esse defensor do povo como ele e aliados fazem questão de ressaltar. A matéria é antiga, ressalto, mas tá dando o que falar....de novo. E, pode esperar, que vão usar exaustivamente esse assunto contra ele até o dia da próxima eleição.
Veja abaixo a íntegra da reportagem:
Reportagem de VEJA desta semana revela que caciques do PDT comandados pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi, transformaram os órgãos de controle da pasta em instrumento de extorsão. Conforme relatos de diretores de ONGs, parlamentares e servidores públicos, o esquema funciona assim: primeiro o ministério contrata entidades para dar cursos de capacitação profissional, e depois assessores exigem propina de 5% a 15% para resolver ‘pendências’ que eles mesmos criam.
“Você não tem defesa. Já prestou serviço e sofre a ameaça de não receber. Se o sujeito te põe contra a parede, o que você faz?”, disse um dos membros da Ong.
O Instituto Êpa, sediado no Rio Grande do Norte, foi um dos alvos do achaque. Após receber em dezembro de 2010 a segunda parcela de um convênio para a qualificação de trabalhadores no Vale do Açu, a entidade entrou na mira dos dirigentes do PDT. O ministério determinou três fiscalizações e ordenou que não fosse feito mais nenhum repasse. Ao tentar resolver o problema, os diretores do instituto receberam o recado: poderiam regularizar rapidamente a situação da entidade pagando propina. Para tanto, deveriam entrar em contato com Weverton Rocha, então assessor especial de Lupi, ou Anderson Alexandre dos Santos, coordenador-geral de qualificação. Ambos respondiam a Marcelo Panella, então chefe de gabinete, homem de confiança do ministro e tesoureiro do PDT.
De acordo com os relatos obtidos por VEJA, Weverton era um dos responsáveis por fixar os valores da propina, e a Anderson cabia fazer o primeiro contato. Feito o acerto, o dinheiro era entregue a um emissário do grupo no Rio de Janeiro. “Você não tem defesa. Já prestou serviço e sofre a ameaça de não receber. Se o sujeito te põe contra a parede, o que você faz?”, diz um dos dirigentes da ONG Oxigênio, outro alvo de achaque, que admite ter desembolsado 50 mil reais para resolver ‘pendências’. “Quando você tenta resistir, sua vida vira um inferno.”
O Palácio do Planalto monitora o caso. Deputados federais do próprio PDT contaram a Giles Azevedo, chefe de gabinete de Dilma, que Panella estaria cobrando propina de ONGs. Por ordem da Casa Civil, Panella foi demitido dias depois, em agosto. Panella nega. “Saí porque não me adaptei a Brasília”, diz o ex-chefe de gabinete de Lupi por quatro anos. Weverton, que assumiu em outubro mandato de deputado federal, também nega. “Quando uma entidade te procura, é porque ela tem problema, mas nossa equipe sempre foi muito profissional”, diz.
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