Durante reunião realizada esta semana, integrantes da 2ª Cia. da PM solicitaram a representantes da prefeitura de Joaquim Gomes e de blocos de rua que proibissem que o hit "Que tiro foi esse", da fankeira Jojo Todynho, seja tocado durante as festas de carnaval na cidade.
"A música traz esse som de disparo de arma de fogo. O uso de armas de fogo é proibido pelo Estatuto do Desarmamento. Não se pode incentivar o uso de armas. A música também incentiva a violência contra a mulher. Todos os dias temos ocorrências com mulheres. A polícia tem a obrigação de proteger a população e evitar o incentivo à violência", explicou o Capitão Queiroz, da 2ª CPM.
Para se ter uma ideia da dimensão da coisa, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi assinado entre a prefeitura, PM, Conselho Tutelar e empresários responsáveis pelas festas para proibir músicas consideradas impróprias, não apenas o hit de Jojo Todynho.
"A Prefeitura Municipal de Joaquim Gomes obriga-se a, nas atrações contratadas e/ou articuladas pelo Poder Público Municipal, orientar as bandas e atrações artísticas para que se abstenham de executar músicas com letras e/ou coreografias que façam apologia à violência, especialmente contra mulher ou tenham conteúdo sexual explícito", diz trecho do TAC.
O promotor da cidade, Paulo Barbosa, acredita que a regulação do repertório musical é importante "porque as músicas que tocam hoje têm muitos conteúdos impróprios, que devem ser evitados principalmente em eventos com presença de jovens e crianças".
O TAC estabelece uma multa no valor de R$ 2 mil, por evento, caso alguém descumpra o que foi acordado no documento. A fiscalização ficará por conta do MP e também, segundo Barbosa, as polícias Civil e Militar e dos demais órgãos que assinaram o termo.
Do G1 Alagoas
Editado por Notas do Daniel Aguiar
Foto: AgNews
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