26 de novembro de 2015

SES confirma dez casos de microcefalia no MA. Dois em Santa Inês

Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que foi recebido nesta quinta-feira (26), na base Estadual, por volta das 17h, a atualização total de 10 casos confirmados de microcefalia, nos seguintes municípios: Coroatá (1), São Francisco do Brejão (1), Buriticupu (1), São José de Ribamar (1), Barra do Corda (1), Chapadinha (1), Dom Pedro (1), São Luís (1) e Santa Inês (2).

A SES resssalta que a última atualização de casos ocorreu no dia 16/11/2015. O incremento dos três novos casos foram em São Luís (1) e Santa Inês (2).

Entenda a microcefalia
Globo.com

A microcefalia é um quadro em que bebês nascem com o cérebro menor do que o esperado (perímetro menor ou igual a 33 cm para bebês a termo) e que compromete o desenvolvimento da criança em 90% dos casos. As causas exatas do surto no Brasil ainda estão sendo investigadas. O principal suspeito é o Zika vírus, de origem africana e primo do vírus da dengue. Ele circula no país desde maio do ano passado e uma das hipóteses é que chegou aqui junto com turistas que vieram para a Copa do Mundo. Os casos de microcefalia coincidem com áreas em que o vírus circulou no ano passado.

Microcefalia por Zika vírus
Os cientistas têm feito um trabalho de detetive. Primeiro descartaram causas genéticas, porque a mudança no padrão epidemiológico se deu de uma hora para outra. Depois, foram atrás do que mudou na região e então voltaram a atenção para os casos de Zika vírus, novidade de 2014. A hipótese é que o vírus, primo da dengue e transmitido também pelo Aedes aegypti, atravessaria a barreira placentária e entraria no corpo da criança prejudicando a formação do cérebro. As tomografias feitas pelos cientistas indicaram sinais de infecção viral no cérebro em alguns casos e também foram achados sinais do Zika vírus em exames do líquido amniótico, em bebês que ainda estavam na barriga, e no líquido cefalorraquidiano, naqueles que já nasceram.

Conhecendo o Zika
O vírus Zika é transmitido especialmente por mosquitos infectados, principalmente o mosquito da dengue. A maioria das pessoas não tem sintomas, mas quando surgem são principalmente erupções na pele, olhos vermelhos e dores no corpo. Eles desaparecem em até uma semana, em geral.

Prevenção
Todo mundo pode colaborar na prevenção, principalmente lutando contra o acúmulo de água e lixo que atraem mosquitos. É hora de também colocar tela na casa e usar mosquiteiro. E abusar do repelente, seguindo as orientações do rótulo. Quem está pensando em engravidar, deve levar essa situação em conta e quem já espera o bebê deve tomar cuidado com picadas de mosquito, mesmo que já esteja em fase adiantada de gestação.

Recomendações do Ministério da Saúde específicas para grávidas:
• Atualizar as vacinas de acordo com o calendário vacinal do programa nacional de imunização do Ministério da Saúde
• Atenção sobre a natureza e a qualidade daquilo que se ingere (água, alimentos, medicamentos), consome ou se tem contato, principalmente sobre a ação desses produtos no desenvolvimento do bebê.
• Proteger-se das picadas de insetos, evitando horários e lugares com presença de mosquitos e, sempre que possível, utilizar roupas que protejam o corpo. Consultar o médico sobre o uso de repelentes e verificar atentamente no rótulo a concentração do produto e definição da frequência do uso para gestantes. Além disso, telas de proteção, mosquiteiros e ar-condicionado também são medidas de proteção.
• Se houver qualquer alteração no estado de saúde, principalmente no período até o quarto mês de gestação, comunicar aos profissionais de saúde.

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