Aquiles Emir via Maranhão Hoje
Editado por Notas do Daniel Aguiar
Enquanto a Associação dos Criadores do Maranhão (Ascem) procura um espaço para voltar a realizar, a partir deste ano, a Exposição Agropecuária do Maranhão (Expoema), o Parque Independência, no bairro do São Raimundo, em São Luís, onde era montada, está abandonado pelo Governo do Estado, que há um ano pediu sua devolução, quebrando unilateralmente um contrato de comodato cuja validade se estendia até o ano de 2022.
A alegação do governo para pedir a imediata devolução do imóvel era a urgência para iniciar a construção de um conjunto habitacional, com recursos do FGTS, ou seja, da Caixa Econômica Federal, exclusivo para servidores públicos, o que não aconteceu até agora porque o edital de licitação foi questionado na Justiça devido aos fortes indícios de que buscava contemplar uma empresa, já que as exigências para participação eliminava qualquer possibilidade de concorrência.
Sem saber o que fazer com um imóvel que, pelo tempo em que esteve sob gerenciamento da Ascem, era protegido, conservado e útil à sociedade, o governo está deixando se deteriorar os prédios existentes dentro do parque, já que, por falta de vigilância, aproveitadores adentram a área para roubar portas, janelas, louças sanitárias, telhas, vidros etc.
Por conta desse radicalismo do Estado, por dois anos seguidos São Luís deixará de sediar o maior evento agropecuário do estado e um dos mais importantes do Nordeste, que, além de estimular o comércio de animais; equipamentos, máquinas e insumos agrícolas; veículos etc, oferecia cursos de capacitação, concursos e leilões de gado (bovinos, ovinos, caprinos e equinos) e ainda oferecia uma agenda de lazer para a cidade.
Expoema – Sem possibilidades de recuperar o controle do parque, a Associação dos Criadores buscou a alternativa de realizar a Expoema em Bacabal, mas lá o parque de exposição, que também pertence ao Estado, foi cedido, a exemplo do Independência, em regime de comodato à Associação dos Criadores do Mearim, mas esta, ao contrário da Ascem, diz que não devolve o imóvel ao Estado, não cede para a exposição e ameaça cobrar na Justiça quem questionar o contrato de comodato firmado entre ela o Estado.
Aí é que entra Santa Inês - Diante desse impasse, a direção da Associação dos Criadores do Maranhão busca agora outra alternativa, Santa Inês, onde haveria um parque em condições semelhantes. A cidade também oferece, segundo o presidente da Ascem, Ivaldeci Mendonção, além da estrutura hoteleira e de restaurantes para atender expositores e visitantes, está numa boa posição geográfica, às margens de duas BRs (316 e 222), ferrovia (Carajás) e dos rios Pindaré e Grajaú.
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