O texto abaixo é uma colaboração do leitor Francisco Rolim, da Pastoral Familiar de Santa Inês e Terço dos Homens.
Por Francisco Cavalcante Rolim
Aprendemos que a família sempre teve seu lugar, espaço, papel e missão fundamental na
vida humana, na sociedade e na igreja. E é por excelência fonte de vida, porém vivemos num
mundo vazio, materialista, egoísta e consumista, onde os valores cristãos se perdem.
É preciso ter fé e viver a fé em família. Ela foi e sempre será a fonte da vida e nossa rocha
firme. Diante das mudanças nesses tempos atuais, à família deve se revitalizar em seu modo
de ser, de viver, de existir e de agir. Mas como fonte de vida, foi, é, e sempre será a mesma,
como instituição inquestionável da vida.
É muito triste nos depararmos com tantos ataques que a família está sofrendo, principalmente
através de alguns meios de comunicação: novelas, filmes, programas, desenhos e até em
letras de musicas onde há descaso, imoralidade, individualismo, relações anormais e relações extraconjugais e tantas outras coisas que são escancaradas. E seria melhor ainda se essas coisas não estivessem acontecendo no seio da família. É normal hoje em dia “as famílias” serem totalmente desestruturadas, ninguém tem respeito pelo outro, não existe normas, nem regras, sendo que o individualismo é muito bem destacado, definido e defendido.
Devemos nos lembrar de que o próprio Jesus nasceu numa família, teve obediência a seu
pai adotivo, São José, e a sua mãe Maria Santíssima. Que grande exemplo Ele nos deixou
honrando-os como reza o mandamento.
A família precisa resgatar seus valores e penso que isso será possível a partir do momento
que abrirmos o coração para o amor de Deus em sua totalidade. Infelizmente na sua maioria
a família passa por carência da partilha da vida, das qualidades e dos limites, gerando o
individualismo e a solidão.
Quem nunca ouviu um diálogo assim: “É meu carro”, “minha casa”, “meu dinheiro”, “minha
vida” “eu sou”, “eu posso”, e por ai a fora. Quando “EU’ fala mais alto, o “NÓS” deixa de existir
e tudo isso, em minha opinião, é a grande causa de tanta solidão em família”.
Diante desta situação cabem-nos alguns questionamentos: Que atitude devemos tomar? Será
que é nosso papel continuar como que paralisados e deixar a anarquia tomar contar e dissipar o que ainda nos resta de valores? Acho que acontecerão grandes transformações quando todos se deixarem envolver pelo amor que tem sua origem e fundamento em Deus. Criados todos que fomos por Deus para sermos felizes, realizados e plenos, porém isso jamais o será, enquanto estivermos distanciados de Deus, e enquanto sua Palavra e seu Projeto de Amor, não se tornarem o alicerce de nosso amor humano.
Este texto foi extraído da internet e escrito por Sonia Souza, mas nada foge da realidade da
nossa cidade e das nossas famílias. E aí perguntamos: até que ponto estamos fazendo algo
para podermos ver uma família realizada, digna e de paz? O que os poderes públicos estão
trabalhando em prol da realidade e das situações de cada família? E a igreja? Como tem ela
trabalhado o lado espiritual dessas famílias?
A família como vai?
Foi diante de questionamentos como esse que em 2011 foi enviado à Câmara Municipal de
Santa Inês o Projeto de Lei pedindo a criação da Semana Municipal da Família. Projeto esse
aprovado por unanimidade e sancionado pelo ex-prefeito Roberth Bringel, através da Lei nº
511. O projeto teve como mentor a Pastoral Familiar de Santa Inês e a vereadora Antônia Leal, como responsável a apresentar o referido Projeto.
Para todos os efeitos essa referida semana deveria ser comemorada na segunda semana de
maio, começando no dia das mães e terminando no domingo seguinte.
Acontece que a data em 2012 passou batido pelos poderes públicos. E em 2013 os mesmo
vereadores que ainda estão lá, nem ao menos citam essa data e tão pouco se lembram da Lei nº 511. Ficando, pois somente a igreja na tarefa de levar a mensagem às famílias.
Digo, pois que a intenção era levar os poderes públicos a aplicar o tal Projeto nas escolas,
creches e praças, através de palestras, seminários e outras programações qualquer. Como
também as demais igrejas cristãs de nossa cidade.
A Pastoral Familiar de Santa Inês, diante de uma equipe pequena, mas ativa, toda semana
tem visitado e assistido famílias de Santa Inês, levando a Palavra de Deus, celebrando e
comungando. Mas a Pastoral Familiar é pequena pra tantos problemas. Ela faz o que pode e
opera com o que tem.
A realidade pela qual passa as famílias e na qual é vista e assistida, necessita de cuidados
e atenção. As famílias clamam e choram. O individualismo opera a mais no “eu”, “eu” e
“eu”. Cadê o nós? Cadê o mandamento pregado por Nosso Senhor Jesus Cristo: “Amor ao
Próximo”? Cadê a partilha? Cadê os quês? Os porquês? Os Pra Ondes? Nem os “Cadês”
existem mais. Faltam questionamentos quando o assunto é família.
Abençoa, Senhor as famílias amém
Francisco Cavalcante Rolim
Pastoral Familiar de Santa Inês e Terço dos Homens
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