4 de janeiro de 2012

IFMA não admite erro na realização de seletivo



Por Gabriela Saraiva, do Jornal Pequeno

Após a determinação da Justiça Federal de suspender todos os atos referentes ao processo seletivo público aos Cursos da Educação Profissional Técnico de Nível Médio para o ano de 2012, o Instituto Federal do Maranhão (Ifma) não admite erro em relação à divulgação do horário das provas. Para a instituição, os transtornos ocorridos no último dia 11 de dezembro foram provocados por uma interpretação equivocada dos estudantes no lembrete existente no cartão dos candidatos, determinando a chegada uma hora mais cedo aos locais de prova.
 Marise Piedade, pró-reitora de Ensino do Ifma - Foto: Alessandro Silva

Segundo a pró-reitora de Ensino do Ifma, Marise Piedade Carvalho, os exames deveriam ter sido realizados em 128 escolas da rede pública estadual e municipal. Entretanto, em 68 delas ocorreram problemas, resultando em 26% dos 48.280 inscritos deixando de fazer as provas.
“Tudo começou no colégio Cintra, quando os candidatos que chegaram após o horário do fechamento dos portões invadiram o local e ocuparam as salas. Diante disso, quem estava nas salas se recusou a fazer as provas e aí a situação se estendeu para outros locais, ficando fora de controle”, explicou Marise Piedade.

A pró-reitora classificou os candidatos que chegaram após o fechamento dos portões de “despreparados”, pois não teriam atentado para a informação repassada no edital do concurso, fazendo uma má interpretação de um lembrete existente no cartão do candidato. “Defendemos que todo o processo seja mantido, pois não se pode considerar o fato de os candidatos rebelados tentarem mudar o curso do processo. Temos que pensar nos outros, que cumpriram o que estava prescrito no edital. Não admitimos que a informação do cartão estava errada”, disse Marise.

Em relação à decisão judicial, a pró-reitora explicou que a situação do processo seletivo permanece em aberto, até que o juiz possa analisar os fatos e decidir qual medida será tomada. Por enquanto, segundo Marise Piedade, o Ifma está impedido de realizar quaisquer ações, tais como: aplicar as provas que estavam previstas para acontecer no domingo (8), com os candidatos que não as fizeram no dia 11; corrigir provas e divulgar resultados.

“Hoje não temos nenhuma certeza do que será feito pela Justiça. Recebemos essa determinação de suspender o seletivo com desconforto, considerando que estamos pensando nas pessoas que aguardavam ansiosas o resultado que seria divulgado nos próximos dias. Mas decisão da Justiça a gente não questiona e sim acata. Isso não quer dizer que não temos o nosso entendimento sobre essa questão. É pensando nos mais de 45 mil candidatos que fizeram a prova que achamos que nosso processo seletivo deve ser validado. Vamos aguardar e acatar a decisão judicial”, disse Marise Piedade.

Uma audiência de conciliação está marcada entre o Ministério Público Federal (MPF) e o Ifma, no próximo dia 9.

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