Estudantes do povoado Aningal, no município de Monção, assistem aulas sob mangueiras e bambuzais. O motivo NÃO é a reforma da antiga escola ou a construção de um novo prédio. Os estudantes daquela comunidade rural nunca tiveram um prédio próprio para estudar.
A denúncia foi feita por Joane Santos, especialista em Educação em Direitos Humanos. Joane já foi professor na escola do Aningal e diz que há 18 anos as famílias clamam pela construção de um escola no povoado. O professor disse, ainda, que as aulas eram ministradas no templo de um igreja que há anos não existe mais.
As imagens das crianças foram registradas nessa terça-feira, 28. As identidades serão preservadas.
"É muito revoltante você passar 4 anos numa graduação, depois 18 meses fazendo uma especialização e prestar um concurso público para trabalhar nessas condições", desabafou o professor que continuou em tom de revolta e indignação: "...isso é uma brincadeira para com a educação. Sabemos que tem e vem verba. Onde está o dinheiro, Administração desse município? E a merenda escolar têm? Mas nem mesmo um prédio existe então merenda já é pedir demais. Fica aqui a minha revolta, pois são seres humanos e merecem RESPEITO".
Veja abaixo um quadro com o resumo dos repasses feitos pelo Governo Federal ao município de Monção em 2015. As informações são do site Transparência Brasil.
Desde que Queiroz assumiu a prefeitura de Monção, uma série de manifestações ocorreram naquele município. O último ato registrado foi realizado por servidores públicos municipais nos dias 8, 9 e 10 deste mês. Eles paralisaram as atividades em resposta ao não cumprimento de algumas exigências da categoria acordadas em reuniões anteriores. Professores, vigias e operacionais de serviços diversos, além de agentes de saúde foram às ruas reivindicar, entre outros, os pagamentos do piso salarial e retroativo das horas extras dos professores (de 2011 a junho de 2012); A realização imediata de concurso público (cumprimento do TAC) e Horas extras dos vigias.
Servidores reivindicam melhorias na Educação de Monção nos dias 8, 9 e 10 de abril de 2015 (Foto/Jornal 'A Corda') |
"Minha intenção não é prejudicar ninguém, apenas mostrar uma necessidade daquela comunidade que há anos almeja uma escola. Lá funciona, no momento, apenas matutino e vespertino. Quando eu trabalhava lá era com o EJA , mas por falta de espaço hoje não funciona mais. Eu solicitei minha exoneração do concurso ano passado", finalizou o professor Joane Santos.
O Notas do Daniel Aguiar não conseguiu contato representantes da prefeitura de Monção.
Com a palavra, também, o Ministério Público.
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