Chegou ao fim, por volta das 17h desta quinta-feira (30), a interdição da BR-316, iniciada na madrugada desta quinta, em Nova Olinda, no noroeste maranhense. O bloqueio feito por índios da etnia Ka'apor moradores da Reseva Alto Turiaçu terminou no fim da tarde de forma pacifica depois que representantes da Secretaria de Segurança Pública (SSP) foram até o local para negociar com grupo indígena, segundo a Polícia Rodoviária Federal.
Os manifestantes pediam Justiça pelo assassinato do líder indígena Eusébio Ka'apor, ocorrido em abril deste ano, e denunciavam que o caso nunca teria sido investigado. Eles acreditam que a vítima tenha sido assassinada por madeireiros, que insistem em invadir as terras para a exploração ilegal de madeira. Os índios também reivindicavam por melhores condições de saúde, educação e, principalmente, segurança.
A Funai não se posicionou em relação ao protesto dos índios. Já o delegado regional de Zé Doca disse que as investigações sobre o assassinato do líder indígena não estão paradas e que, em breve, a polícia dará uma resposta aos índios. Confira a nota enviada pela SSP na íntegra:
NOTA
A Secretaria de Segurança Pública por meio da Superintendência de Polícia Civil do Interior (SPCI) informa que três delegados de Polícia Civil foram designados para a negociação e liberação da BR-316. Os delegados dialogaram e ouviram as demandas dos indígenas e garantiram que as investigações sobre o homicídio da liderança indígena estão em andamento. Após as negociações com a Polícia Civil a via foi liberada.
Crime
A Polícia Civil e o Ministério Público Federal já abriram inquéritos para investigar a morte do líder da aldeia Ximborendá Eusébio Kaapor depois que o corpo da vítima foi encontrado enterrado. Ele teria sido morto com dois tiros pelas costas no Povoado do Pedro, entre Centro do Guilherme eSanta Luzia do Paruá (MA).
(G1 MA)
Editado por Notas do Daniel Aguiar
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