24 de novembro de 2011

Santa Inês - Militares decidem manter a greve: 'Agora, vamos parar tudo'





Logo depois de anunciado a decretação da ilegalidade da greve, na manhã desta quinta-feira (24), pelo Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA), policiais militares do Sétimo Batalhão da PM em Pindaré-Mirim decidiram pela paralisação total da categoria nos municípios de Santa Inês e Pindaré. O Batalhão reponde por destacamentos em 10 municípios da Região Centro-Oeste do estado. O efetivo total é de 280 policiais que atuam nesses municípios. 


Cerca de 50 deles estiveram reunidos na manhã desta quinta, na sede da Associação Tiradentes, em Pindaré, para discutir assuntos relacionados ao movimento grevista. Na ocasião foi decido manter a paralisação e limitar os atendimentos  aos casos de crimes contra a vida.

Grevistas reunidos na Associação Tiradentes, em Pindaré
"A gente não pode mais recuar. Só vamos recuar quando o comando em São Luis recuar", disse o soldado Edivaldo Silva.

A Tenente Danielle Nussralla disse que o momento vivido pela PM da Região é histórico. "Nós temos um bom relacionamento praça-oficial. E, em nome desse relacionamento, vamos parar", completou a oficial.

Depois da decisão tomada, os militares receberam a visita inesperada do Cel. Carlos Augusto, comandante do Sétimo Batalhão da PM, que tentou entrar em acordo com a categoria. "Eu peço que vocês cumpram os plantões, normalmente. No momento de folga, vocês voltam a se reunir nesse movimento", propôs o comandante.

Os grevistas mantiveram-se irredutíveis. 

Cel. Carlos Augusto
O Coronel foi enfático ao dizer que a Secretaria de Segurança do Estado disponibilizou 5 viaturas com soldados da Força Nacional para atender a região. "Procurem conduzir o movimento com responsabilidade porque, no final das contas, quem pode ser prejudicado é a comunidade. Vocês são maiores de idade e são responsáveis pelos seus atos. Se vocês acham que não precisam trabalhar, é um direito de vocês", finalizou o Coronel.

Os grevista afirmam que apenas o destacamento do município de Santa Luzia não aderiu à paralisação. Já o comando da PM na região diz que 80% dos policiais estão trabalhando normalmente.

No fim da manhã desta quinta-feira, os grevistas fizeram uma carreata pelas principais ruas de Pindaré e Santa Inês.

De acordo com a decisão do desembargador Stélio Muniz foi estipulada multa no valor de R$ 200 por dia de trabalho que cada policial ou bombeiro continuar de braço cruzado. Os líderes da greve também podem ter a prisão decretada, caso a decisão do TJ-MA não seja respeitada. 


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