Galeria da Câmara pouco antes do início da sessão |
Todos os vereadores participaram da sessão desta sexta-feira, (18). Mas, ao contrário do que estava previsto e que foi divulgado neste blog, representantes do campus do Ifma de Santa Inês não compareceram. A audiência seria para discutir assuntos pertinentes à instituição.
Segundo o vereador Orlando Mendes (PDT) a diretora do instituto ligou lamentando a ausência e prorrogando o encontro para data ainda não confirmada.
Creusa contou um episódio que teria deixado revoltados todos aqueles que acompanharam de perto.
" Um aluno de uma escolinha de futebol quebrou o braço durante um treino. Ele foi atendido no hospital Tomás Martins. O braço dele foi imobilizado. E o garoto foi mandado para casa. Depois de dez dias deveria retornar para avaliação do ortopedista. Findado o prazo, os pais levaram o menino ao hospital e lá descobriram que o braço da criança foi imobilizado de maneira errada e, por isso estava torto. O paciente foi encaminhado para hospital de São Luis. Na capital os familiares do garoto foram informados de que o menino voltaria para Santa Inês porque lá tem estrutura para fazer a cirurgia necessária. Isso não pode acontecer! Roberth Bringel e a secretária de saúde precisam saber disso", finalizou a vereadora.
Deutz Cavalcante (PT) também repercutiu o assunto. " Nós [a câmara] temos uma comissão de saúde. Não quero jogar pedra em ninguém, mas precisamos visitar postos de saúde e os hospitais Tomas Martins e Menino Jesus, além de conversar com a secretária de saúde. É bom para a administração municipal e é bom para a população. Não adianta ficar apenas no discurso.
O petista falou ainda sobre os terrenos baldios e não murados (muitos de propriedade do município) existentes no bairro Jardim Brasília. "Vamos respeitar o código de postura", finalizou.
Orlando Mendes começou o discurso reiterando a parte final do discurso de Deutz. "No centro da cidade tem terrenos baldios e sem muro. Eles servem como esconderijo para bandidos", enfatizou.
O pedetista disse ainda que essas cobranças relacionadas à saúde não são recentes. "Em 20 anos, as cobranças são as mesmas. A gente cobra, exige, relembra, mas as coisas não mudam muito. Já fiz até um requerimento solicitando a construção de um hospital estadual em Santa Inês para atender aos pacientes da região para, por consequência, desafogar o Tomás Martins e melhorar os atendimentos. Esse requerimento completou um ano. Vou fazer novamente. O Tomás martins não suporta mais.Mas, nada parece está sendo feito para resolver.
Vamos convocar a secretária Elizabeth Gualberto para que nos dê explicações. Para esclarecer de uma vez por toda o que está acontecendo. Todos somos aliados do Bringel, mas nem por isso vou ficar calado diante das necessidades dos moradores de Santa Inês.
Fazer asfalto é bom, mas o Bringel precisa sair mais para atender a outras necessidades do nosso povo." Concluiu o vereador pedetista.
Nazeu Rodrigues (PDT) também acompanhou a linha dos discursos anteriores e falou sobre saúde. Para o também pedetista, a comissão de saúde fez o trabalho dela. Mas, confessou: "de um tempo pra cá nós recuamos um pouco." E, em seguida, tentou justificar o recuo: " recuamos diante da evolução das coisas".
Nazeu disse ainda que em todas as profissões existem bons e maus profissionais. E aqui não seria diferente.
"O médico ganha R$ 5 por consulta. A secretária de saúde deveria chamar o prefeito para organizar o sistema na questão administrativa. Vamos saber de qual profissional a comunidade está reclamando. Identificar o porquê das reclamações e resolver. Tá recebendo pouco? Vamos ajudar!"
A vereadora Creusa da Caixa se pronunciou neste momento discordando do vereador: "Aqui o médico não recebe por consulta. Ele recebe um valor mensal definido em contrato. Então isso não justifica, Nazeu.
Moacir Veríssimo usou a tribuna para solicitar que o Departamento de Meio Ambiente faça um trabalho para evitar o desmatamento nas margens do Igarapé da Cigana. "O igarapé nasce na zona rural de Santa Luzia do Tide e corta grande parte de nossas comunidades rurais, desaguando no Lago do Remanso. Ele é muito importante para o homem do campo. Se a mata das margens continuarem sendo derrubadas o igarapé vai se acabar", concluiu.
Aldoniro Muniz sugeriu que o Ibama também fosse comunicado. "Com a ajuda do Ibama seria mais fácil resolver."
Manoel do Sindicato afirmou que não acredita que o Ibama resolva o problema citado pelo vereador Moacir Veríssimo. "Não acredito que o Ibama entre nessa questão. O órgão precisa trabalhar mais quando a Polícia Federal não está na cidade."
Otacília Rios, que é esposa do chefe interino do escritório do Ibama em Santa Inês, José Rios, entrou na discussão. "O Ibama não resolve sozinho. Se todos os órgãos se unirem em torno de um problema, este será resolvido." defendeu, a vereadora.
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