21 de fevereiro de 2019

Goiânia - Mãe é presa suspeita de matar e carbonizar corpo da filha de 1 ano em casa


A Polícia Civil investiga se uma dona de casa matou a filha de 1 ano para se vingar do ex-marido, pai do bebê, por não querer reatar o casamento com ela. A vítima foi encontra da carbonizada e com fissuras nos ossos dentro de uma banheira de plástico e sob entulhos, nesta quinta-feira (21), na casa em que morava no Parque Santa Rita, em Goiânia.

A mãe foi presa e negou ter cometido o crime em depoimento à Polícia Civil. Conforme a corporação, a mulher disse que foi dopada e que a filha foi vítima de magia negra feita pelo pai do bebê. A investigada também declarou que acordou com o fogão ligado e não viu nada.

A mãe da presa disse que ela passa por tratamento psiquiátrico. “Minha filha é uma boa pessoa. Ela é vendedora e trabalha de domingo a domingo. Ela começou a ter crise a dois anos. É triste, mas ela é inocente. Sempre cuidou muito bem dos filhos”, disse a mãe da presa, que preferiu não ter a identidade divulgada.

De acordo com a Polícia Civil, a presa e o ex-marido, pai da neném morta, foram casados por 12 anos, mas se separam há 2.

“Existe a versão de que ela quis a separação e que isso foi consensual na época. Quando foram formalizar ela quis voltar com o ex-marido e ele não aceitou. Existe uma hipótese de o crime ter sido por vingança ao pai da criança, mas isso ainda vai ser investigado”, disse a delegada Caroline Paim.

Ainda segundo a investigadora, existe a suspeita de que o filho mais velho, de 12 anos, estaria dopado. O adolescente tem sinais de agressão na cabeça e disse que só falaria com a delegada se não visse a mãe.

“Ele contou que estava na casa e que acordou muito assustado, pois estava dormindo desde segunda-feira (18), depois de tomar um copo d’água dado pela mãe. Ele contou que acordou sendo arrastado [pela mãe], conseguiu sair da casa e foi até uma vizinha, onde comeu”, completou a delegada.

A mãe foi indiciada por homicídio e vai ser encaminhada esta noite para o Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital.

O filho mais velho passou por atendimento em uma unidade de saúde e depois passou por exames psicológicos no Instituto Médico Legal (IML). Ele também está aos cuidados de parentes, conforme o Conselho Tutelar.

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