Os doze homens acusados de estuprar três crianças em Delmiro Gouveia, no estado de Alagoas, negaram a prática do crime e alegaram que as supostas vítimas foram manipuladas. Depois de serem submetidos a exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) de Maceió, todos os doze suspeitos admitiram conhecer as meninas, mas afirmaram que apenas distribuíram dinheiro, sem exigir nada em troca.
De acordo com um deles, o agricultor Manoel Francisco dos Santos, as três meninas tinham o hábito de percorrer a cidade e pedir dinheiro a moradores. “Em alguns casos, quando recebem um 'não' como resposta, costumam ameaçar as pessoas e dizem que vão denunciá-las ao juiz”, disse Manoel Francisco dos Santos ao Tudo na Hora.
Outro agricultor acusado, José Cardeal, assegurou que as crianças teriam sido usadas por seus pais para pedir dinheiro, e confirmou a versão dos demais. “Quando alguém diz que não vai dar dinheiro, simplesmente elas dizem que vão procurar o juiz porque são menores”, frisou, acrescentando: “Eu jamais teria a capacidade de estuprar uma criança”.
Depois dos exames, os suspeitos foram encaminhados para a Delegacia Regional de Delmiro Gouveia, no Alto Sertão de Alagoas. Eles foram identificados como Alvino Sandes Lima, de 90 anos; Francisco Xavier Neto, de 73 (conhecido como “Chico de Izadias”); José Euclides de Souza, de 82 (o “Pernambuco”); Jovileu Ferreira Batista, de 65 anos (o “Leu”) e Marevaldo Manoel da Silva, de 50 anos.
Também foram presos Manoel Messias Vieira da Silva, de 71 anos (“Mané Macedo”); Luiz Francisco dos Santos, de 50 (“Luquinha”); José Cardeal (“Zé do Piolho”), de 76; Cícero Luiz da Silva, de 31; José Cláudio Lima da Silva (“Cacau”), de idade desconhecida; Severino João dos Santos, 70 (o “Major”), e Manoel Francisco dos Santos, de 61 anos, conhecido como “Lila”.
Investigações
De acordo com o delegado de Delmiro Gouveia, Manoel Wanderley, o grupo foi preso depois que a Polícia Civil recebeu denúncias anônimas de supostos abusos sexuais. A partir daí, as investigações teriam sido iniciadas, em parceria com o Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE/AL).
“Pelo que apuramos, os abusos duraram dois anos, já que as crianças começaram a ser exploradas quando elas tinham nove anos. Agora, que elas têm 11 anos, é que as denúncias foram formalizadas e nós iniciamos a investigação”, informou. Manoel Wanderley declarou também que os acusados devem permanecer presos por 30 dias, já que o juiz da Comarca de Água Branca, Kléber Rocha, decretou a prisão temporária dos 12 homens.Fonte: Tudo na Hora
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