14 de julho de 2011

Incômodo Vizinho

     O processo de construção do prédio do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia - IFMA/Campus Santa Inês, foi uma verdadeira novela. As obras começaram em 2008 e passaram por pelo menos duas interrupções, além de conviver com protestos diários de operários insatisfeitos com atrasos salariais. A construção sofreu fortemente com a desistência da primeira construtora responsável pelos trabalhos.
     Dois anos se passara desde o inicio da obra, depois de um novo processo licitatório, mais uma tentativa de retomar os trabalhos. Mais uma manifestação. Os operários que já haviam começado os trabalhos, tentavam impedir a entrada dos novos contratados. A Polícia Militar esteve no local. Virou e mexeu, enfim, a obra foi retomada.
Campus do IFMA/Santa Inês hoje.
     Em Março deste ano, a diretora do IFMA/Santa Inês, Locília Costa, pode anunciar, finalmente, a conclusão dos trabalhos. Ou, pelo menos, que o prédio já poderia receber os quase 800 alunos que assistiam aulas nas dependências do CAIC de Santa Inês.
     Apesar de todas as dificuldades iniciais, eis o ponto que, a meu ver, passou despercebido pela comunidade acadêmica do Instituto e pela população de Santa Inês e de cidades vizinhas: Um incômodo vizinho.
Prédio do IFMA/Santa Inês. Ao fundo o Lixão da cidade.
Lixão de Santa Inês
     O prédio do IFMA em Santa Inês está localizado na BR 316 s/n. Dispõe de pelo menos dez salas de aulas e, atualmente, de acordo com o site do Instituto, oferece seis cursos técnicos e três superiores.
     Para que ele fosse construído naquele local, o município precisaria garantir a retirada do lixão da cidade que fica nos fundos do terreno escolhido. Pois bem. De acordo com informações de fontes confiáveis, o Município se comprometeu em retirar o tal lixão. Em consequência disso, a construção foi aprovada. Acontece que as obras começaram e houve todo esse 'perrengue' mencionado acima mas, o depósito de lixo a céu aberto não foi retirado. Pelo contrário, ele continua ganhando terreno. Alunos reclamam do mau cheiro nas salas e a presença de urubus sobre o prédio é comum.
     Comentou-se na cidade que um novo terreno para a construção de um aterro sanitário no município já teria sido escolhido, mas, o que a mim me parece é que ficou apenas nos comentários.
     O certo é que as aulas estão sendo ministradas normalmente em um prédio que, no mínimo precisa de uma pintura. Quanto ao mau cheiro, os urubus e as moscas não estão reclamando.

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