29 de abril de 2015

Clima tenso em Centro do Guilherme, Santa Luzia do Paruá e Maranhãozinho



A morte de uma das maiores lideranças indígenas do Maranhão, Eusébio Ka’apor deixou o clima extremamente tenso na região que engloba os municípios de Centro do Guilherme, Santa Luzia do Paruá e Maranhãozinho.


Eusébio foi vítima de dois tiros nas costas, numa emboscada ocorrida na madrugada da última segunda-feira (27). O corpo do líder da Aldeia Ximborendá foi encontrado enterrado, no Povoado Buraco do Tatu, há 40 km de distância da sede – município de Santa Luzia do Paruá.

Pelas informações obtidas pelo Blog do Jorge Aragão, Eusébio Ka’apor já estava sendo ameaçado por madeireiros e até mesmo políticos da região, tudo por conta das terras indígenas que estavam sendo invadidas em virtude do comércio clandestino de madeira nobre.

Desde o início deste ano, o clima foi ficando mais tenso, tanto que em janeiro, uma reunião foi realizada na cidade de Santa Inês, com a presença inclusive do secretário de Direitos Humanos do Maranhão, Chico Gonçalves. Naquela oportunidade, Eusébio Ka’apor informou que estava sendo ameaçado e que se não recebesse proteção seria morto, como de fato aconteceu nesta semana.


Após o assassinato de Eusébio, o clima ficou ainda mais tenso e na tribo indígena a revolta é geral, muitos temem por um conflito.

A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), por meio da Delegacia Geral, informou, por meio de nota, que foi criado grupo especial para apurar as circunstâncias do homicídio que vitimou o indígena identificado como Eusébio Ká’Apor.

A comissão será integrada pelo delegado titular da 8ª Regional de Zé Doca, Henrique Mesquita, titular da delegacia de Santa Luzia do Paruá, delegado Murilo Tavares Pereira, e investigadores.

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