14 de novembro de 2011

Assassino do ex-professor do Ifma/Santa Inês conta detalhes do crime

 Fernando Pacheco, assassino confesso do professor Foto: G. Ferreira

Durante uma coletiva de imprensa realizada na última sexta-feira (11) no auditório da Secretária de Segurança do Maranhão, o comerciante Fernando Pacheco dos Santos, 35 anos, ex-aluno do professor universitário Hildeci Silva Cavalcante, de 29 anos de idade, disse que, na noite do crime, combinou um encontro com o professor e os dois foram a um matagal na Estrada Carroçal Pequizeiro II, no povoado Cachoeira.

Fernando Pacheco afirmou que, durante a relação sexual, teria se recusado a fazer algo proposto por Hildelci, puxando uma faca de serra. O professor teria pedido para ele não fazer isso e tomou a faca da mão de Fernando, momento em que iniciaram uma luta corporal. “Quando o Hildeci se afastou, joguei uma pedra grande na cabeça dele, e ele caiu. Aí desferi os golpes de faca”, contou friamente.

Outro motivo para o crime, segundo Fernando, foi o professor ter ameaçado contar o relacionamento dos dois para a esposa do comerciante que está grávida de quase 9 meses.

Clique aqui e leia reportagem anterior: 
Polícia confirma elucidação da morte do professor do IFMA

De acordo com o delegado responsável pelo inquérito, Dicival Gonçalves da Silva, da Delegacia de Morros, as facadas atingiram várias partes do corpo (mão, pescoço, tórax, braço).

As investigações apontam que, após o crime, Fernando escondeu a faca debaixo do banco do veículo da vítima, e levou o carro para uma estrada que dá acesso à Cachoeira, onde colocou dentro do mato, e escondeu alguns objetos eletrônicos da vítima. O delegado contou que Fernando havia passado a noite no matagal, e na manhã de domingo, 6, pediu para um parente lhe buscar. Nesse trajeto, o acusado pegou a moto deixada no posto e foi para casa sujo de sangue, e disse que havia caído da moto. Fernando disse à polícia onde havia deixado os objetos levados da vítima. “Fernando conta em detalhes os acontecimentos, tanto que ele nos levou aos locais exatos onde deixou os aparelhos eletrônicos que estavam abandonados no mato”, disse o delegado Dicival Gonçalves. No entanto, a carteira com documentos pessoas e cartões de Hildeci, cordão de ouro e a quantia de R$ 127 foram encontradas na casa do acusado. Fernando ainda falou que na segunda-feira,7, foi ao município de Axixá onde fez várias compras com o cartão de crédito da vítima. Foram gastos R$ 1.100 na compra de uma geladeira, R$ 215 em confecções, R$ 300 alimentos, e R$ 742 em peças para moto. Comprovantes com a assinatura feita pelo acusado foram apreendidos.

Com a confissão do ex-aluno de Hildeci, o delegado Dicival representou a prisão preventiva do réu confesso, e na tarde desta quinta-feira (10) a juíza Tirciane Maciel Gideon Palácio, da comarca de Morros, expediu o mandado de prisão preventiva por latrocínio.

Fernando é evangélico da Igreja Adventista do 7º dia, tem formação universitária, é proprietário de um comercio em morros, e foi aluno de Hildeci no ano passado.

Reconstituição do crime – O delegado Dicival disse que apesar da confissão de Fernando será feita em breve a reconstituição do crime, para descartar dúvidas no inquérito. A polícia investiga se houve participação de outras pessoas no latrocínio.



Um comentário:

  1. É o cúmulo dos absurdos o que se vê de bárbarie nesse País, + o que fazer se código penal Brasileiro é o maior assasino da sociedade do País; Enquanto sociedade cívil Brasileira não se organizar, com o objetivo de cobrar do congresso leis que possam punir esses infratores impiedozos.Que por nada tiram vídas...E que nada acontece, as chacinas nos surpreende todos os dias. estamos sempre perdendo amigos, filhos, pais,irmãos conhecidos e nada está sendo feito por quem eleboram as leis... Acorda Brasil,é preciso saber cobrar; Nós não estamos sempre de olho em todos os campeonatos e defendemos com unhas e dentes nossos clubes preferidos... Por que não fazer o mesmo com a nossa Pátria; É por isso que temos políticos despreparados e corruptos,que nós que somos vítimas, estamos morrendo sem o mínimo de segurança, sem leis pra moralizar não estamos nem aí. Agora eu pergunto será se tamanha negligência é mesmo dos políticos ou é nossa?

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