O Ministério Público do Maranhão, por intermédio da Promotoria de Igarapé Grande, ajuizou na terça-feira (27), Ação Civil Pública por ato de improbidade administrativa contra o prefeito Geames Macêdo Ribeiro e mais quatro pessoas por fraude em licitação no município.
Segundo o MP, o prefeito, empresário bem-sucedido da região, abriu empresas em nome de funcionários de sua confiança, a fim de participar de licitações no município. Uma delas, a V.P. Soares, empresa de fornecimento de gêneros alimentícios, ganhou em 2011 a licitação para abastecer as secretarias municipais, no valor de mais de R$ 1,2 milhão. Já a Construtora D.V. Ltda realizava obras de recuperação de estradas vicinais sem contrato de licitação.
De acordo com a promotora Simone Chrystine Santana Valadares, os funcionários do prefeito, em troca de aumento salarial considerável, “emprestaram” seus nomes para que essas empresas fossem abertas.
Na ação, a promotora requereu liminarmente o afastamento do prefeito do cargo, o bloqueio dos bens dos réus e as punições previstas na Lei de Improbidade: ressarcimento dos prejuízos ao erário, suspensão dos direitos políticos, multa e proibição de contratar com o Poder Público, além da perda do cargo do agente público.
Histórico
O Tribunal de Justiça do Maranhão recebeu em 2010 denúncia contra Geames por porte ilegal de armas. Ele foi preso em 19 de maio daquele ano, na MA-122, na garupa portanto, ilegalmente, um revólver na cintura. O revólver, com seis munições, foi apreendido e submetido a exame de eficiência, cujo resultado indicou que estava perfeito para uso.
Ele também ficou conhecido neste blog por ter levado, em maio de 2009, após uma visita do presidente Lula ao Maranhão, o colega Jânio Balé (Trizidela do Vale) a um cabaré de luxo da capital. Balé enfrentou tanta confusão com a mulher após a divulgação da notícia que teve levar Geames até sua residência para socorrê-lo.
Do blog do Décio Sá
Editado por Notas do Daniel Aguiar
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