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Um homem e uma mulher foram encontrados com vida dentro do navio Costa Concordia, que naufragou na noite de sexta-feira (13) na costa da Itália, próximo à ilha de Giglio, matando ao menos três pessoas. A informação foi divulgada na noite deste sábado.
Segundo a agência de notícias italiana Ansa, os dois sobreviventes foram ouvidos pela equipe de resgate que continua fazendo buscas no local. O navio não afundou completamente e parte da embarcação ainda pode ser vista a partir da costa. O número de desaparecidos é estimado em 40.
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Empresa diz que navio colidiu com rocha antes de naufragar
Navio que naufragou era um dos mais luxuosos do mundo
Número de brasileiros no naufrágio é de 53, informa Itamaraty
Brasileiro estava com 16 familiares no navio que naufragou na Itália
Eles estão dois andares abaixo do local em que as buscas estão sendo feitas no momento e ainda não foram retirados da embarcação.
PRISÃO
O comandante do Costa Concordia, Francesco Schettino, foi interrogado e depois levado à prisão de Grosseto, onde deve aguardar uma audiência marcada para a próxima semana. A informação é do jornal italiano "Corriere Della Sera".
Enzo Russo/Efe
O comandante do navio Costa Concordia,
Francesco Schettino, foi detido em Grosseto, na Itália
Schettino e o primeiro oficial do navio, Ciro Ambrósio, foram detidos após o navio, que levava 4.229 pessoas, ter encalhado a 500 metros da ilha toscana, na cidade de Grosseto.
Durante o interrogatório policial, o comandante disse que a rocha contra a qual o navio da empresa italiana Costa Cruzeiros se chocou não estava indicada nas cartas de navegação usadas no navio.
Já a procuradoria de Grosseto afirma que Schettino realizou uma manobra errada e acusa o comandante de ter abandonado o navio quando ainda havia um grande número de passageiros dentro da embarcação aguardando o resgate.
Segundo o "Corriere della Sera", uma fonte próxima à equipe de investigação das causas do acidente afirmou que o navio da Costa Cruzeiros seguia "uma rota errada, não deveria estar no local em que se chocou contra a rocha", mas a empresa declarou que o navio podia passar entre a ilha de Giglio e o porto de Santo Stefano, na cidade de Grosseto.
Enzo Russo/Efe
Embarcação começou a afundar na noite de ontem; ainda não há um número oficial de desaparecidos
BRASILEIROS
O navio transportava 53 brasileiros entre os 4.229 a bordo, segundo informações do Ministério das Relações Exteriores. Desse total, havia 47 passageiros e seis tripulantes.
Anteriormente, o ministério havia informado que 46 brasileiros estavam no acidente. Segundo o Itamaraty, os 53 brasileiros foram identificados e retirados da área, na região da Toscana.
O ministério disse ainda que a origem das informações, até o momento, é a "companhia de cruzeiros que organiza os resgate e distribui os resgatados pelos hotéis da região da Toscana, ao norte da Itália", informou o ministério pelo telefone.
Parentes de brasileiros que estavam na embarcação podem ligar para a operadora Costa Cruzeiros para pedir informações sobre o acidente: 0/xx/112123-3673 ou 0/xx/11/2123-3679.
Também é possível obter informações sobre sobreviventes ou vítimas no consulado na capital italiana ou pelo site do Itamaraty.
MORTOS
Entre os mortos confirmados, há dois turistas franceses e um peruano, membro da tripulação, de acordo com a imprensa italiana. A equipe médica que realiza o resgate das vítimas afirmou que as três pessoas teriam se afogado. Os corpos se encontram no necrotério de Orbetello, próximo ao porto de São Stefano.
O prefeito de Grosseto, Giuseppe Linardi, confirmou a morte de apenas três pessoas e afirmou que há 14 feridos.
Mais cedo, a empresa Costa Cruzeiros, dona do Costa Concordia, informou em comunicado neste sábado que oito pessoas morreram após a tragédia e ao menos 80 estão desaparecidas.
O arquipélago onde está situada a Ilha de Giglio fica a cerca de 80 km de distância de Roma. Segundo relatos da imprensa europeia, após o encalhe da embarcação pequenas barcos tentaram a ajudar no resgate dos passageiros e tripulantes.
A Guarda Costeira chegou a informar que "os passageiros não corriam perigo" e eram retirados em botes salva-vidas do navio Costa Concordia. Porém, ao retirar os últimos membros da tripulação uma fenda se abriu, causando vazamentos internos.
De acordo com o site do Costa Concordia, a embarcação "é o maior e mais imponente navio de toda a frota Costa com 112 mil toneladas, mais de 500 varandas privativas nas 1.500 cabines".
Giorgio Fanciulli/AP
O luxuoso navio de cruzeiro Costa Concordia inclina-se depois de encalhar em um banco de areia na Itália
RELATO
O relato de um brasileiro que estava no navio que naufragou ontem à noite na costa italiana descreve momentos de medo e angústia. Segundo o consultor Carlos Frederico Bezerra, 46, que estava com 16 integrantes de sua família, o encalhe do navio provocou "um solavanco, como se fosse a pancada de uma embreagem de carro quebrando".
Bezerra jantava e pôde ver talheres e pratos sendo derrubados, pessoas escorregaram, e um cenário de pânico generalizado. Em seguida, foram emitidos avisos sonoros, pedindo calma e afirmando que tudo estava sob controle, segundo ele. Na sequência, houve um apagão.
"Teve, então, uma mensagem para a tripulação, que vestiu o colete salva-vidas. Aí nos avisaram para ir para ao deque e pegar os barcos salva-vidas. Não é tão simples entrar num barquinho", diz.
O brasileiro conta que está sem documentos e apenas um sobrinho tem cartão de crédito porque levou o objeto para o jantar. Os passaportes, segundo relata, ficaram em poder do navio.
Bezerra e seu grupo foram encaminhados para a igreja matriz da ilha de Giglio, a 80 km de Roma, onde ocorreu o naufrágio. Com as roupas usadas no jantar, em ambiente de 23ºC, agora terão de passar a noite a 6º C na igreja. Ele conta que a população da ilha distribuiu mantas, o navio deu capas de plástico.
Arte/Folhapress
Schettino e o primeiro oficial do navio, Ciro Ambrósio, foram detidos após o navio, que levava 4.229 pessoas, ter encalhado a 500 metros da ilha toscana, na cidade de Grosseto.
Durante o interrogatório policial, o comandante disse que a rocha contra a qual o navio da empresa italiana Costa Cruzeiros se chocou não estava indicada nas cartas de navegação usadas no navio.
Já a procuradoria de Grosseto afirma que Schettino realizou uma manobra errada e acusa o comandante de ter abandonado o navio quando ainda havia um grande número de passageiros dentro da embarcação aguardando o resgate.
Segundo o "Corriere della Sera", uma fonte próxima à equipe de investigação das causas do acidente afirmou que o navio da Costa Cruzeiros seguia "uma rota errada, não deveria estar no local em que se chocou contra a rocha", mas a empresa declarou que o navio podia passar entre a ilha de Giglio e o porto de Santo Stefano, na cidade de Grosseto.
Enzo Russo/Efe
Embarcação começou a afundar na noite de ontem; ainda não há um número oficial de desaparecidos
BRASILEIROS
O navio transportava 53 brasileiros entre os 4.229 a bordo, segundo informações do Ministério das Relações Exteriores. Desse total, havia 47 passageiros e seis tripulantes.
Anteriormente, o ministério havia informado que 46 brasileiros estavam no acidente. Segundo o Itamaraty, os 53 brasileiros foram identificados e retirados da área, na região da Toscana.
O ministério disse ainda que a origem das informações, até o momento, é a "companhia de cruzeiros que organiza os resgate e distribui os resgatados pelos hotéis da região da Toscana, ao norte da Itália", informou o ministério pelo telefone.
Parentes de brasileiros que estavam na embarcação podem ligar para a operadora Costa Cruzeiros para pedir informações sobre o acidente: 0/xx/112123-3673 ou 0/xx/11/2123-3679.
Também é possível obter informações sobre sobreviventes ou vítimas no consulado na capital italiana ou pelo site do Itamaraty.
MORTOS
Entre os mortos confirmados, há dois turistas franceses e um peruano, membro da tripulação, de acordo com a imprensa italiana. A equipe médica que realiza o resgate das vítimas afirmou que as três pessoas teriam se afogado. Os corpos se encontram no necrotério de Orbetello, próximo ao porto de São Stefano.
O prefeito de Grosseto, Giuseppe Linardi, confirmou a morte de apenas três pessoas e afirmou que há 14 feridos.
Mais cedo, a empresa Costa Cruzeiros, dona do Costa Concordia, informou em comunicado neste sábado que oito pessoas morreram após a tragédia e ao menos 80 estão desaparecidas.
O arquipélago onde está situada a Ilha de Giglio fica a cerca de 80 km de distância de Roma. Segundo relatos da imprensa europeia, após o encalhe da embarcação pequenas barcos tentaram a ajudar no resgate dos passageiros e tripulantes.
A Guarda Costeira chegou a informar que "os passageiros não corriam perigo" e eram retirados em botes salva-vidas do navio Costa Concordia. Porém, ao retirar os últimos membros da tripulação uma fenda se abriu, causando vazamentos internos.
De acordo com o site do Costa Concordia, a embarcação "é o maior e mais imponente navio de toda a frota Costa com 112 mil toneladas, mais de 500 varandas privativas nas 1.500 cabines".
Giorgio Fanciulli/AP
O luxuoso navio de cruzeiro Costa Concordia inclina-se depois de encalhar em um banco de areia na Itália
RELATO
O relato de um brasileiro que estava no navio que naufragou ontem à noite na costa italiana descreve momentos de medo e angústia. Segundo o consultor Carlos Frederico Bezerra, 46, que estava com 16 integrantes de sua família, o encalhe do navio provocou "um solavanco, como se fosse a pancada de uma embreagem de carro quebrando".
Bezerra jantava e pôde ver talheres e pratos sendo derrubados, pessoas escorregaram, e um cenário de pânico generalizado. Em seguida, foram emitidos avisos sonoros, pedindo calma e afirmando que tudo estava sob controle, segundo ele. Na sequência, houve um apagão.
"Teve, então, uma mensagem para a tripulação, que vestiu o colete salva-vidas. Aí nos avisaram para ir para ao deque e pegar os barcos salva-vidas. Não é tão simples entrar num barquinho", diz.
O brasileiro conta que está sem documentos e apenas um sobrinho tem cartão de crédito porque levou o objeto para o jantar. Os passaportes, segundo relata, ficaram em poder do navio.
Bezerra e seu grupo foram encaminhados para a igreja matriz da ilha de Giglio, a 80 km de Roma, onde ocorreu o naufrágio. Com as roupas usadas no jantar, em ambiente de 23ºC, agora terão de passar a noite a 6º C na igreja. Ele conta que a população da ilha distribuiu mantas, o navio deu capas de plástico.
Arte/Folhapress
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